segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Chegou o Natal! É tempo de CONSUMIR



Quando eu era criança contava os dias para cada data comemorativa. Carnaval, Páscoa, férias de julho... Mas outubro, o mês do meu aniversário, era sem dúvida o mais esperado. Pausa para momento esotérico que não acredito muito. Porém, uma vez, ouvi que no mês do nosso aniversário nossa áurea tem tendência a chamar mais energias positivas e por isso essa sensação de felicidade e de viver um momento especial, mesmo quando nada de novo acontece.  Depois do aniversário, o segundo mês mais esperado e, esse sim, mágico: dezembro, NATAL.

O engraçado que quando a gente é criança tudo ganha um significado especial. As situações e pessoas exercem um fascínio muito maior sob a gente e isso com muito mais facilidade. Como quase todas as relações e momentos no mundo capitalista, o Natal não foge a regra e é mercantilizado. Tudo bem. Não vou ficar aqui com o mesmo discurso e com a mesma frase feita “esqueceram o verdadeiro significado do Natal”, mas esqueceram mesmo.

Os pontos principais dessa época não são mais a confraternização, o espírito de solidariedade, o nascimento de Cristo e sim, o movimento gerado na economia interna e externa. Parece que a palavra-chave do momento é CONSUMO.

Ano passado cerca de 25 % do apurado total da economia do pais foi conquistado no mês de dezembro. A Associação Brasileira de Lojistas de Shoppings (Alshop) revelou expectativa de aumento de 10% em cima da criação de empregos sazonais criados ano passado, cerca de 119 mil vagas.

Voltando para as minhas recordações, lembro que um pouco influenciada por todos os enlatados e filmes americanos que assisti durante toda minha infância, que mostravam a neve caindo, todas as luzes de New York, as pessoas desejando “feliz natal” até pra um desconhecido na rua – mais educadas impossível –  eu elegi, desde sempre, dezembro como o momento mais feliz e mágico da minha vida.

Claro, que a minha mãe achava que isso ia passar quando eu fosse adulta. Ela até me chamava de Eloise, do filme “O natal de Eloise”. Bem, adulta já sou e ainda continuo amando os festejos natalinos e meus filmes antigos com as renas e afins! rs

Mas, voltando a realidade, não adianta tentar fugir das estatísticas, porque ninguém escapa disso. Eu, a Eloise da fase adulta, e você também somos frutos desse sistema. Quando entro em uma loja de variedades e compro sacos e mais sacos de bolas coloridas, luzes, velas vermelhas, e mais não sei quantos tipos de enfeites natalinos também contribuo para o movimento dessa economia.


domingo, 14 de novembro de 2010

Um novo olhar sobre a vida



Amo fotografia, isso é fato. Mas, claro, apenas como uma boa observadora e fotógrafa por lazer. Nada profissional, mas arrisco fazer algumas críticas do que julgo bom. Essa paixão começou logo nos primeiros semestres da faculdade de comunicação. Um dos nomes preferidos? Steve McCurry. Poucos profissionais são capazes de capturar a essência das pessoas como faz esse maior fotógrafo da atualidade. Conhecido por seu modo peculiar de produzir fotos, onde as pessoas traduzem sentimentos e histórias de vida por meio do olhar. Passou anos fotografando os sobreviventes de guerra e refugiados do Extremo Oriente. Mais que retratar os fotografados, McCurry retrata histórias de vida, que na maioria das vezes estão cheias de sofrimento e dor.
            Nascido na Philadelphia, em 1950, viajou o mundo como fotógrafo freelancer, fato que possibilitou a produção de suas melhores obras. Fez a cobertura da guerra civil, no Afeganistão, onde viajou dezesseis vezes. Em uma de suas idas ao País, McCurry fez sua mais famosa e repercutida foto, “A menina Afegã”, em 1984 no campo de refugiados de Nasir Bagh. Essa fotografia foi responsável por inúmeras premiações como a medalha de ouro Robert Capa. Em 2002, ele volta ao Afeganistão, descobre o nome da garota, já adulta, e a fotografa mais uma vez. 
Anos antes, ainda criança, vi essa foto na capa de uma edição antiga da National Geographic. Não sabia quem era Steve McCurry, nem o poder da fotografia na influência sobre a percepção de mundo e muito menos que, mais tarde, cursaria jornalismo e estudaria a história do homem que capturou a imagem que tanto prendeu minha atenção. Para mim, a melhor de todas as fotos. Tenho verdadeiro fascínio por fotografias de gente e acho incrível como cada fotógrafo deposita sobre as obras sua visão de mundo, clicando o que existe de mais íntimo e verdadeiro em cada um.
McCurry foi também um dos primeiros fotógrafos a fazer a cobertura do acidente do “11 de setembro” e conseguiu fotografar da janela de seu escritório o exato momento do choque dos aviões com as torres gêmeas em Nova York.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Xô, urucubaca!


Xô, urucubaca!
Olho grego, figa, trevo de quatro folhas, pimenta vermelha... Nunca fui muito tendenciosa a acreditar em amuletos ou coisas do gênero. Até criticava quem recorria desesperadamente a eles. Mas com tantos percalços no início desse ano de 2010, resolvi escutar as colegas de trabalho, que se pegavam a absolutamente tudo que oferecesse proteção espiritual e bloqueio de energias negativas.
Ainda meio descrente, convenci minha mãe a presentear-me com um colar e um pingente de olho grego. Isso porque, segundo a tradição, o efeito só é válido quando o acessório é dado e não comprado. Persuasão concluída com sucesso, saí da loja alegre e saltitante com meu olho grego no pescoço.  “Se não fizer bem, mal é que também não há de fazer”, pensei cá com meus botões. Ah! Fui logo advertida: “Se o colar quebrar, é porque o olho gordo em cima de você está grande”. Felizmente, não quebrou. Coincidência ou não, as coisas começaram a melhorar significativamente desde então e a crença no meu presente só aumentava. Tirar do pescoço? Nem pensar!
Mas como era de se esperar, em algum momento as coisas “desandaram” outra vez. “E para que serve esse bendito olho grego? Vou tirar essa droga que não ta mais funcionando”, pensei e fiz. Com a consciência meio pesada por deixar de lado uma possibilidade de proteção, voltei a usar o pingente, mas dessa vez com menos crença e logo em seguida resolvi deixar de vez.
Alguns dias depois, no meu aniversário, eis que ganho dois presentinhos lindos e inesperados: um colar com uma pimenta vermelha e uma pulseira com várias pimentinhas. Então, fui seduzida de novo pela possibilidade de espantar os infortúnios da vida! Coloquei no mesmo minuto. E olha que as coisas melhoraram outra vez! Com um pouco de verdade, um pouco de mentira, uma pitada de vontade que as coisas dêem certo e fé, que essa sim não faz mal a ninguém, pode até ser que a ação desses amuletos tenha lá algum fundamento. Bom, eu sou do time que acredita que na vida “Vale a pena tentar”.