quinta-feira, 31 de março de 2011

Identidade e atitude

A juventude busca, desde os primórdios, transgredir padrões de atitudes e comportamento. A moda aparece com um processo de comunicação, de reconhecimento entre indivíduos do mesmo grupo e como forma de manifestar a personalidade construída ao longo da infância e reforçada no período da adolescência. Para muitos, vestir-se de forma convencional não é uma opção. É necessário inovar, criar estilos e se reinventar a cada peça de roupa ou acessórios usados. Esse desejo latente de muitos jovens por uma aparência única ocorre na tentativa de estabelecer uma identidade individual e da necessidade de sentir-se “singular”, daí também o gosto por tatuagens e piercings.


Nada mais comum que encontrar no bloco T da Unifor, local onde a maioria dos alunos estuda Comunicação Social e o ambiente escolhido para o ensaio fotográfico visto abaixo, as pessoas que mais transmitem mensagens corporais e visuais por meio do vestuário que foge ao convencional. Não é difícil encontrar os que querem se especializar em jornalismo de moda. Um bom exemplo de ex-aluna que seguiu esse ramo é Clara Dourado, editora do blog The Nerd Fashionist. 
 
(texto produzido para a cadeira de Oficina em Jornalismo)

sexta-feira, 25 de março de 2011

“Eu finjo ter paciência”


Como cantava Lenine, na música Paciência, “A gente espera do mundo e o mundo espera de nós”. Tudo para ontem e tudo de uma vez. Esse é o lema da nossa geração. Somos frutos de uma sociedade imediatista, onde as cobranças, além do perigo, também moram ao lado. Cobrança por resultados, por responsabilidades, por posições de destaque, conquistas amorosas e profissionais...

Essa “maratona” em busca de ideais pré determinados faz com que a gente queira que as coisas aconteçam exatamente como esperamos e no tempo que, pretensiosamente, determinamos. Mas, depositar todas as fichas em planos ainda não sólidos é um risco extremo e que, quase sempre, leva a uma frustração muito grande.

A vida está em constante movimento, e nós fazemos parte dessa dinâmica. A gente sempre quer que os outros acompanhem nosso ritmo, alcancem ou superem nossas expectativas, que as metas sejam cumpridas sem grandes problemas... Mas as pessoas são passíveis de erros, os computadores dão pane, as situações mudam e os planos podem ser alterados a qualquer momento. Nada é tão perfeito quanto gostaríamos que fosse. Basta uma troca de sinalização e pronto! Outro caminho, outro destino. 




segunda-feira, 21 de março de 2011

Palavra da vez: evolução

 
                                                                            



“Em uma parceria de sucesso é interessante buscar companheiros que tenham coisas diferentes, que possam completar você”. Foi a frase dita pela jornalista Sônia Lage e que mais me marcou hoje na palestra sobre Comunicação Empresarial, Novos Mercados. Citação que se encaixa perfeitamente nas parcerias profissionais e pessoais também. Isso mesmo. É necessário buscar o diferente, o novo.

O ser humano tem essa tendência natural de procurar os iguais como forma de se esconder atrás dos grupos, em busca de proteção. Em um primeiro momento pode ser bom encontrar alguém com gostos, pensamentos e ações similares aos seus. Isso gera conforto, acalento e sensação de cumplicidade. É muito mais cômodo conviver com o que nos é familiar. Mas depois esse fato pode se transformar em uma prisão, que faz com que você se limite sempre aos mesmos assuntos e situações.

Com o tempo, a mesmice cansa. É inquietante conviver com quem não questiona, discorda, rebate e nem te faz ser melhor, crescer. Acho que a Sônia tem razão sim. A gente deve buscar no outro a metade que nos falta. Nos amigos, nos companheiros de trabalho, nos amores... Como disse Clarice Lispector, “Me provoque. Me desafie. Me tire do sério".

Isso não quer dizer buscar alguém completamente diferente, sem afinidades e pontos em comum. Quer dizer buscar alguém que mesmo sendo parecido, tenha algo que você não tem e que nunca terá e, por isso mesmo, sente a necessidade de ter essa pessoa junto a você, como um complemento.

Essa reflexão me fez pensar na quantidade de pessoas que entram e saem das nossas vidas no decorrer dos anos... Aquele “super melhor amigo”, hoje é apenas um conhecido e os diálogos se resumem a “Oi, tudo bem? Quanto tempo” ou “Vamos marcar alguma coisa qualquer dias desses”.  Aquela paixão roxa, que elevava de forma incrível os batimentos cardíacos e deixava uma sensação de pedra de gelo descendo estômago abaixo, hoje não significa nada. O professor que você admirava tanto, hoje não tem tantos pontos assim... As coisas mudam e nós também acompanhamos essa mudança, é um ciclo natural de renovação e evolução. Mas eu acredito que ainda é melhor agregar, sejam os iguais ou diferentes, que descartar.

sábado, 5 de março de 2011

Nada além do possível


Tenho que aprender a exigir das pessoas apenas o que elas podem oferecer. Esse é o caminho mais curto para evitar as decepções mais óbvias. Esperar de alguém uma atitude que nunca irá acontecer ou tentar fazer de uma pessoa o que ela nunca será não são lá umas das ações mais inteligentes...

Falando assim, parece a coisa mais simples do mundo, que até uma criança seria capaz de proferir o raciocínio. Entretanto, essa dedução nem sempre vem no momento certo ou decisivo de nossas vidas.

Quando você acha que aprendeu alguma coisa, que já tem uma bagagem razoável para distinguir determinadas situações, que finalmente está entendendo as regras do jogo... Vem alguém e muda tudo. Ai está você outra vez na estaca zero tentando ler a caixa do tabuleiro para não perder a vez.

Melhor mesmo é pensar que tudo tem uma saída e que, enquanto ela não aparece, bom mesmo é contar com o possível.